domingo, 15 de abril de 2012

E aqui estou eu novamente, quebrando as promessas de não lhe escrever mais, e tentando arrumar essa bagunça dentro de mim. Tentando arrumar as gavetas, onde guardadas estão todas as cartas que escrevi a ti. Não chegaram? Ah sim, eu não as enviei. Por puracovardia… Todas endereçadas a ti. Sei que essas palavras são inúteis a você, mais confesso que eu necessito escrever-te-ás, mesmo que tais não sejam enviadas. Sei lá, isso pra mim virou um hábito, já que não consigo falar-te pessoalmente. Não entendo, quando te chamo pra conversar, todo o meu discurso decorado some da minha cabeça. E às vezes, o meu silêncio fala mais que minhas palavras. Eu leio essas cartas constantemente e penso em enviá-las de uma vez, mas quando chega a hora, me dá um branco, a coragem some e a covardia aparece. Eu tenho medo de que rias de mim, e de minhas palavras. É um pouco difícil escrever a ti, já que minhas cartas falam sobre sentimentos e saudades. Eu luto, a cada manhã, pra ser convicta de já não mais te amo. Pena que isso não é possível. Eu te amo com todas as minhas forças possíveis e com as impossíveis também. Eu luto pra encontrar em outro alguém, o que vi em você. Aliás, o que vi em você? Acho que foi o teu jeito, teu sorriso, tua forma meiga de me tratar. Necessito de teus beijos e de teus abraços. Necessito de você pra me esquentar nas noites frias. Por várias vezes, te disse que era só amizade, te mandei embora, te joguei pra longe, mas sempre insistia em querer-te de volta, em correr atrás de você, pois sabia que não viveria sem ti. Sem teus beijos, teus abraços calorosos e aconchegantes. Sem nossos encontros durante a madrugada. Confesso que todas as noites fico imaginando como seria a nossa vida juntos, e mais pra frente, com nossos filhinhos. Sabe que sou orgulhosa demais, só que me dói ter que admitir que te amo e que necessito de ti pra poder viver. Sou capaz de rasgar todas essas cartas. Você sabe que comigo é tudo ou nada. Odeio metades. Olha, me perdoa se alguma vez te magoei, peço desculpas, pelas palavras ditas em vão, que te machucaram ou te marcaram. Eu me sinto culpada por tudo o que aconteceu, por tudo que fiz e que acabou com nós. Perdoa-me por tudo de errado que fiz que acabou com a nossa relação.Estraguei tudo, como sempre. Não tinha como ser pior. Eu sou complicada demais, eu sou imprevisível. Uma hora chorando, outra sorrindo. Uma hora te quero, outra hora te rejeito. Olha, eu não ligo se não quiseres me ouvir, ou simplesmente ler minhas cartas. Não me importo se quiser me esquecer – e eu acho que é isso que estás tentando fazer, mas por conta da minha enorme e incansável procura por ti, não consegue –, se quiser me odiar, e também não me importo se não quiser saber dos meus lamentos e de minhas melancolias. Sério, eu não me importo, mas vou continuar te escrevendo e te procurando por todos os cantos. Sabe, eu confesso que te sinto em todos os lugares, teu cheiro, teu toque. Eu não consigo te esquecer, não consigo apagar tuas sms do meu celular.  Até hoje tais frases não me saem da cabeça.   Estou tentando unir forças, para poder seguir em frente, sem olhar pra trás, e te deixar partir, sem mais nem menos. Mas, se quiser voltar pra mim, de braços abertos eu vou te receber, vou te mimar e te dar carinho. E eu vou te esperar, todos os dias, depois dos meus compromissos, naquele mesmo lugar de sempre, onde a gente se encontrou pela primeira vez. . E fico imaginando eu e você, abraçados, como a gente sempre fazia. Eu fui tola, eu acabei com tudo, tudo mesmo… Pra variar… Porque isso aconteceu entre nós? Venha cá. Deixe-me sentir meio doce meio acre. Agridoce. Diferente de ti, eu não desisto fácil do que eu quero. Eu sou teimosa. Acredito que em uma noite qualquer, você irá entrar pela minha janela e deitar ao meu lado na cama, naquele travesseiro vazio, em que seu cheiro ainda permanece lá. Por isso eu fico aqui, escrevendo cartas que nunca chegarão a ti, e que nunca vai ter a oportunidade de lê-las. Fico com um vazio no peito, e de repente me bate uma saudade danada de ti. Não entenda isso, como uma forma de adeus, ou coisas do tipo. Essa carta foi feita, apenas para expressar-te o que sinto aqui dentro de mim. Lembra-se de que me chamavas de princesa e que eu era tua pequena? Pois é, não sou mais aquela garota, pau mandada. Agora eu luto pra conseguir o que eu quero, luto pra defender a minha opinião e também o que é certo. Mas agora, luto por ti, por nós.  Melhor dizendo: Eu cansei de lutar contra você. De uma forma ou de outra, entras em mim, e pelo jeito não sai mais. Toda vez pela manhã, eu prometo a mim mesma que vou te esquecer, e ao mesmo tempo, começo a lembrar dos nossos momentos juntos e esqueço-me de tudo o que eu estava falando, repetindo inúmeras vezes, pra ver se isso entrava na minha cabeça dura. Vá meu anjo, vá e não volte mais. Fuja pra bem longe. Mude seu contato de celular, e não deixe rastros por perto a mim. Todas as vezes que te olho, meus pés saem do chão. Eu tento desviar o olhar de ti, mas ao mesmo, sinto a enorme vontade de gritar, berrar-te todo o meu amor. Isso, não ia fazer com que seu amor crescesse pra você, já que minhas palavras não lhe fazem diferença. O que me resta é escrever, uma das únicas coisas que eu gosto de fazer, uma coisa em que eu me encaixo, e faço com prazer. A covardia me fez esconder de mim mesma, a necessidade de ter-te por perto.Eu acho que pelo fato de sermos tão diferentes, é que não demos certo. Lembra daquela noite, em que eu deitei em seu colo e você fez cafuné em minha cabeça? Lembra dos nossos passeios, dos nossos sms e dos nossos encontros ? E o pior de tudo é que eu não sei com quem andas e por onde andas. Isso aumenta mais ainda a minha preocupação. Aquelas vezes em que falamos do ‘pra sempre’ e cadê ele? Foi-se junto a ti? Não haverá mais o brilho nos olhos, aquele sorriso gostoso, nada. Nada disso vai voltar pra mim. Volta, vai. Volta pra sua pequena aqui. Volta que ela já não suporta mais viver sem ti. O coração insiste em gritar dentro de mim, que ainda te ama. Volte, não precisa ser pra sempre, mas que seja infinito enquanto durar. Sei que ainda sente minha falta, depois de tanto tempo sem me ver e sem falar comigo. Sei que sente falta dos meus cuidados e dos meus carinhos. Afinal, quem aí vai te cuidar e te amar mais do que eu? Olha, não deixa ninguém tirar esse sorriso lindo do seu rosto, esse brilho dos teus olhos. Nem mesmo eu, com minhas palavra inúteis. Eu necessito saber que eles existem no seu rosto, ainda que eu não seja o motivo de tais. Eu digo palavras repetidas, porque necessito comprovar a mim mesma que foi dito. Repito duas, três, quatro vezes, pra ver se te amo um pouquinho menos. E por favor, tenta se cuidar. Seja o que quiser. Isso é apenas um pedido, e não uma ordem. Só, quero deixar-te livre pra escolher que caminho seguir, que escolha fazer. E mais uma vez, eu repito bem baixinho: “Eu te amo!” — Jeny Ramirez

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